Panapaná

PANAPANÁ

                   “Borboletas são flores sem hastes”. Disse, certa vez, Cecília Meireles, demonstrando sua admiração e carinho para com as borboletas. Sentimentos, esses, compartilhados por Miguel Patrício que vai além: busca uma necessidade de proteção para as mais belas e mais frágeis criaturas da natureza.

                   Sua preocupação com as borboletas leva-o a despertar para si o desejo de falar com os animais. Dessa forma imaginária, poderia contribuir para a segurança desses montinhos de ternura levados pelo vento, roçando as pontas das árvores, atravessando rodovias, pousando nas flores da beira do caminho.

                   Na perfeita ilustração de Eurípedes Castilho, a narrativa infantil de Miguel Patrício atinge a sensibilidade de crianças e adultos. É contagiante a mistura de cores e o encanto do bando de borboletas que povoam as páginas do livro.